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Liberdade: um antídoto para a pobreza

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Antonella Marty é uma escritora argentina, conferencista internacional e cientista política com formação em Relações Internacionais e Ciência Política, além de um mestrado em Políticas Públicas e um diploma em Física. Marty é conhecida por sua defesa dos direitos humanos e das liberdades individuais e sociais, abrangendo temas como direitos LGBTQ+, feminismo, legalização das drogas e liberdade de imigração. Ela trabalha ativamente para aumentar a conscientização sobre os perigos do nacionalismo e a ascensão da nova direita global.

Em seu livro “Liberdade: um antídoto para a pobreza”, Marty nos convida a refletir sobre o progresso humano ao longo do tempo, propondo que a pobreza é o estado natural do ser humano e que a liberdade – manifestada através do livre comércio, capitalismo e globalismo – é o caminho para superarmos essa condição. Ela oferece uma visão otimista do nosso mundo, argumentando que mesmo os mais pobres de hoje têm mais acesso a bens e serviços do que um nobre de 500 anos atrás.

O livro é estruturado em oito capítulos. Nos dois primeiros, Marty resume a história do universo, do planeta, dos seres humanos (sim, mais de um tipo) e da sociedade como a conhecemos. Ela nos faz perceber que estamos viajando pelo espaço em uma pedra a 107 mil km/h, em direção ao esquecimento, e que nossa história, quando colocada em perspectiva, é apenas um piscar de olhos na escala interestelar.

Nos capítulos seguintes, Marty detalha essa breve história de evolução no “pálido ponto azul” que chamamos de Terra. Ela destaca constantemente a importância da Revolução Industrial, que nos permitiu superar a teoria malthusiana de um futuro de escassez. Graças à produção em grande escala, a humanidade deu um salto exponencial em todos os aspectos, passando de uma população global inferior a 1 bilhão para 8 bilhões de Homo sapiens espalhados pelo planeta.

Ao longo da obra, a autora utiliza inúmeros gráficos para ilustrar suas ideias, sendo particularmente emblemática a metáfora do bolo: ter acesso a uma fatia do bolo não é ruim, pois o bolo (riqueza) é muito maior hoje do que no passado. Marty também desconstrói a imagem do empreendedor como um executivo engravatado, destacando que qualquer pessoa com uma ideia e a vontade de resolver um problema pode ser um empreendedor, e que isso é extremamente honroso.

Em suma, “Liberdade: um antídoto para a pobreza” de Antonella Marty oferece uma visão otimista sobre o papel transformador na história da humanidade. Através de uma análise detalhada da história e da economia, Marty demonstra como o livre comércio e a inovação são forças motrizes indispensáveis para reduzir drasticamente a extrema pobreza e melhorar a qualidade de vida a nível global. O livro desafia preconceitos sobre riqueza e empreendedorismo, destacando que a liberdade não só permite, mas também incentiva, a resolução criativa de problemas e o avanço social. O livro serve como inspiração, especialmente para o contexto brasileiro, ao enfatizar que a pobreza não constitui um destino imutável, mas sim um desafio que pode ser superado através mediante políticas que fomentem o empreendedorismo e a liberdade. Com uma narrativa informativa e inspiradora, Marty reafirma a liberdade como a força vital que nos impulsiona para um futuro mais próspero e justo.

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João Pedro Martins

João, 26 anos, é técnico em química desde 2017 (não faço bombas caseiras) e venceu duas eleições da CIPA. Cursando direito, atua no Instituto Atlantos nas diretorias de comunicação e eventos, e ajudo na coordenação dos grupos de estudos ativos. Apaixonado por boardgames e literatura distópica, seu livro favorito é 1984. Já escreveu vários artigos de opinião durante sua trajetória no instituto.

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