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E Se Todos Quisessem Proibir as Inovações que os Prejudicam?

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A profissão de datilógrafo chegou a ser tão importante que há um dia em sua homenagem no Brasil (24/05).

No Brasil, vivenciamos diariamente uma luta brutal contra o progresso, travada por aqueles que se dizem representantes dos interesses do povo, mas que na realidade representam os seus próprios interesses e os interesses de grupos organizados que exercem influência sobre eles.

De um lado — de onde se origina o progresso — a sociedade civil, composta por indivíduos que buscam melhorar suas condições através da geração de valor para os demais, inovando e criando riqueza e distribuindo-a na sociedade por meio de transações voluntárias mutuamente acordadas.

Do outro lado, travando uma batalha interminável contra o progresso, estão aqueles que detêm o monopólio do uso da força, os membros da vanguarda do atraso — os políticos e burocratas e os profissionais, sindicalistas e barões do mercado cujos setores eles capturaram inteiramente com a ajuda dos primeiros, formando cartéis que só prejudicam a sociedade, tornando a todos escravos dos seus péssimos e primitivos serviços monopolísticos.

São pessoas que buscam eliminar a concorrência em seus ramos de atuação para obrigar todos a utilizarem somente seus serviços, proibindo-os de buscar e contratar qualquer outro que queira oferecer um serviço melhor e mais barato. Com o monopólio do setor, seus preços não são mais determinados pelo processo de mercado e portanto não há razão alguma para que os preços sejam competitivos, visto que não há nenhum perigo de que um concorrente ofereça preços mais baixos. Da mesma forma, não há nenhum incentivo para que se melhore a qualidade dos serviços ou se inove e otimize processos de produção, pois ninguém está autorizado a oferecer serviços melhores. Não há sequer razão para atender bem os clientes, pois eles são obrigados a usar aquele serviço. Nem mesmo há necessidade de obedecer a lei, pois eles são protegidos por aqueles que fazem as leis.

Imaginem, agora, que todos os prestadores de determinado serviço ou produtores de determinado produto agissem dessa mesma maneira, buscando junto ao Estado o monopólio de suas atividades, ficando os demais, que eles considerem uma ameaça ao seu monopólio, sujeitos a serem expropriados e, caso resistam, violentados e presos.

Imagine se assim tivessem feito os condutores de charretes, ameaçados pelo surgimento dos carros. Ou os fabricantes de ônibus e navios, ameaçados pela invenção do avião. Ou ainda os fabricantes de velas, ameaçados pelo advento da luz elétrica. E como ficam os datilógrafos, preteridos com a criação dos computadores? Os fabricantes de calculadoras, mapas, relógios, câmeras digitais e tantas outras coisas que podem ser substituídas por um único smartphone? E os fabricantes de discos de vinil, ameaçados pela fita cassete, que por sua vez foi esquecida com o surgimento do CD, que por sua vez foi quase dizimado pelo MP3 Player, que por sua vez quase sumiu devido aos mesmos smartphones já citados?

Poderíamos passar o resto da vida enumerando exemplos como esses.

Estamos em 2016 e é assim que pensam e agem aquelas pretensiosas criaturas que querem cercear nossas liberdades e guiar nossas vidas de seus escritórios, através da criação de leis e regras que buscam impingir na sociedade, crentes de que podem moldá-la ao seu bel-prazer e, pior ainda, jurando que sabem melhor do que as próprias pessoas o que é melhor para elas.

Até quando delegaremos a terceiros que são sustentados a custos exorbitantes pelo nosso próprio dinheiro a função de escolher quem estamos autorizados a contratar e sob quais condições?


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